Dado foi apresentado durante o evento de insumos biológicos BioSummit 2024, que se encerra nesta quarta (29) em Campinas (SP)
O Brasil possui hoje 36% de áreas cultivadas com algum tipo de insumo biológico, o que equivale a cerca de 84 milhões de hectares. O dado, que reforça o crescimento constante do mercado de bioinsumos no país, foi apresentado pelo engenheiro agrônomo da Kynetec, Cristiano Limberger, durante o BioSummit, evento de insumos biológicos que teve início nesta quarta (28) no Royal Palm Hall, em Campinas (SP). Os dados apresentados são resultados de um estudo realizado em 2022 cidades, e foram coletados por cerca de 85 pesquisadores que entrevistaram 14.500 agricultores. Segundo Limberger, esse crescimento é bastante positivo e sinaliza que a tendência é que o uso de bioinsumos nas culturas brasileiras se consolide e amplie ainda mais. “De acordo com nosso estudo, ainda há muito potencial de crescimento para o uso”, avalia. Limberger foi um dos painelistas do tema “Mercado de Bioinsumos – Números, Crescimento e Perspectivas”; que também teve a participação da pesquisadora colombiana sobre controle biológico de pragas, Alba Marina Cotes, e do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio Ambiente, Wagner Bettiol.
Mercado emergente
O evento, que teve cerca de 750 inscritos no primeiro dia, foi aberto com o tema “O Mundo Disruptivo e o Mercado de Biológicos”, que teve como painelistas o presidente da Biotrop, Antônio Carlos Zem, e o empreendedor endeavor, Rodrigo Iafelice dos Santos. “Esse é um mercado promissor, que vai comandar uma indústria adjacente de serviço, tecnologia, formulação, equipamento, inteligência de mercado, comunicação. Estamos vendo só a ponta do iceberg de um grande mercado que vai se transformar em uma indústria multibilionária. Vamos transformar o Brasil no maior e melhor mercado de biológicos do mundo”, afirma Zem.
Para Daiana Bisognin Lopes, CEO da FB Group, organizadora do evento, o BioSummit 2024 superou todas as expectativas em seu primeiro dia. “Conseguimos mesclar no evento diferentes públicos – empresários, indústria, cooperativas, instituições de pesquisa e ensino, governo, empresas de fusões e aquisições, fundos de investimento, produtores rurais, distribuição –, com mais de 30 tipos de segmentos que trabalham com bioinsumos. O BioSummit não é um evento apenas técnico ou acadêmico, ele é muito mais de negócios, onde todos os setores conseguem entender um pouco do que está acontecendo no mercado, na regulamentação, na pesquisa”, detalha. “Fizemos um evento para mostrar toda a pujança dos bioinsumos, para fortalecer e chancelar o Brasil como um grande produtor mundial.”
O BioSummit 2024 se encerra nesta quarta-feira (29). Além das palestras os participantes podem ter horários destinados para networking break, almoço de negócios, e apresentações de trabalhos e cases. Como diferencial, traz espaços para reuniões de negócios com os participantes. Outra novidade é a presença do Espaço BioInova, uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no âmbito do Programa Nacional de Bioinsumos, que estimula a interação entre o ambiente acadêmico e o mercado, para promover inovação na área dos biológicos para a agropecuária. A proposta é unir empreendedores, pesquisadores, empresas e instituições para colaborar, criar e encontrar soluções que impulsionam a agropecuária sustentável.
Sobre o BioSummit
O BioSummit é coordenado por um comitê técnico composto por especialistas abrangendo conhecimentos científicos, tecnológicos e industriais, além de experiência na distribuição, comercialização e uso de insumos biológicos. O evento é promovido pela FB Group, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Nacional das Empresas de Produtos Fitossanitários (Aenda), Associação Brasileira de Bioinovação (Abbi), Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Instituto Federal Farroupilha, Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Jaboticabal, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sociedade Entomológica do Brasil (SEB), Rede de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Bioinsumos do Rio Grande do Sul (Redeitec Bioinsumos/RS), entre outras entidades nacionais com a participação da indústria.