SBC Certificações participa da série ‘Caminhos do Agro SP’ e reforça que bons padrões produtivos na cadeia dão sustentabilidade e confiança aos mercados no Brasil e no mundo.
O sexto episódio do projeto “Caminhos do Agro SP”, iniciativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para debater os desafios do segmento no estado mais rico da nação, examinou a fundo os caminhos da rastreabilidade, aplicação correta de agrotóxicos e denominação de origem de produtos agropecuários brasileiros.
Para atender às exigências do consumidor, não basta produzir um alimento de qualidade. É preciso comprovar que todos os processos da cadeia foram executados de maneira correta e sustentável. As certificações que demonstram a procedência e a origem dos produtos trazem valor agregado ao agricultor e ao pecuarista, e a pandemia só acelerou esse processo.
E é justamente este o ponto central do trabalho das equipes do Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), empresa líder no protocolo SISBOV, que atua em 30% do mercado brasileiro de fazendas certificadas para a Europa, é acreditada para o protocolo GLOBALG.A.P. para os escopos de frutas, vegetais e grãos, além de realizar auditorias internas de rebanhos bovinos e de protocolos particulares, como o uso de energia renovável em indústrias e auditorias em frigoríficos.
“A certificação dos alimentos é um caminho sem volta e não é tão complexa como muita gente imagina. A certificadora exerce o papel de elo de confiança entre o produtor e o consumidor, além de levar segurança à ponta da cadeia e auxiliar para melhorar os processos da ‘porteira para dentro’, criando padrões produtivos”, explicou o gerente de Certificações e Projetos do SBC, Matheus Modolo Witzler, um dos convidados do projeto (FOTO). O ‘Caminhos do Agro SP’ ainda teve a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, e do pesquisador do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico da Secretaria, Hamilton Humberto Ramos.
“O desafio para o setor público, ao lado da iniciativa privada, é organizar o caminho do campo até a mesa, para garantir que todos os produtos cheguem conforme as normas definidas pelos órgãos reguladores e os mais exigentes mercados internacionais. A confiança do consumidor com relação à segurança dos alimentos firma-se com um trabalho bem feito por cada um dos elos da cadeia produtiva. Na pandemia, o agro brasileiro mostrou o quanto é confiável e que não tem tempo ruim: faça chuva ou faça sol, trabalhamos para ser provedores de segurança alimentar para o mundo. E isso só é possível porque seguimos rigorosamente os protocolos sanitários. Temos uma agricultura muito organizada”, enfatizou Gustavo Junqueira.
Um exemplo dessa postura é o programa “Aplique Bem”, que une esforços de empresas, produtores, institutos de pesquisa e laboratórios. Em uma das ações, a Secretaria paulista juntou-se à indiana UPL, uma das cinco maiores do mundo em soluções agrointegradas, e capacitou 72 mil trabalhadores rurais por meio de treinamentos, garantindo a aplicação segura e eficaz de defensivos agrícolas nas propriedades. “É levar a tecnologia ao campo, treinar os agricultores, usar os equipamentos, facilitar a adoção de boas práticas e a disseminação do conhecimento. A certificação virá cada vez mais forte por exigência do consumidor. E o agricultor é um empresário que trabalha pelo lucro. Se ele souber que pode produzir melhor e mais barato, por que não o fará?”, questionou Hamilton Humberto Ramos. “O consumidor sabe cada vez mais como o alimento é produzido e todo o processo envolvido para levá-lo à mesa. Uma agricultura holística e projetos assim são peças fundamentais nos processos de certificações”, completou João Mancine, Head Marketing Cultivos Especialidades da UPL Brasil.
“Se há algum tempo as certificações eram um plus oferecido pelo produtor, com a pandemia, o movimento acelerou. Agora, não tem mais volta e passou a ser um padrão mínimo para atender aos mercados mais exigentes. Um exemplo é a União Europeia. Pois, além de atender a todos os protocolos que nos demandam a legislação brasileira, é necessário cumprir as normas de padrões internacionais. Os produtores vão ter que mostrar mais porque o mercado quer segurança”, concluiu Matheus Modolo Witzler
O projeto “Caminhos do Agro SP” é fruto de uma parceria entre a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP), a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), a TV Cultura, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e diversas empresas instaladas no estado. Os episódios podem ser acompanhados nos canais do YouTube da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (https://www.youtube.com/agriculturasp) e da TV Cultura (https://www.youtube.com/cultura).