Grupo Publique

Coluna AgroNotícias, por Maurício Picazo Galhardo

ESTIMATIVAS

A moagem de cana do Brasil em 2017/18 foi estimada em 645 milhões de toneladas pelo adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em São Paulo, mantendo os números da projeção anterior, de seis meses atrás. Para o Centro-Sul, os números também ficaram inalterados, em 600 milhões de toneladas. O adido apontou em seu relatório que um clima favorável na maior parte das regiões do Centro-Sul, combinado com uma melhora nos tratos culturais, compensará o envelhecimento dos canaviais e uma estiagem ocorrida entre junho e agosto.

SUPERÁVIT

Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus elevaram a projeção de superávit da balança comercial brasileira em 2017 pela terceira semana consecutiva, de US$ 63,73 bilhões para US$ 64,75 bilhões. Para 2018, a estimativa subiu de US$ 50,55 bilhões para US$ 51,50 bilhões. A previsão para o déficit da conta corrente brasileira em 2017 ficou em US$ 15 bilhões pela sexta semana seguida, enquanto para 2018 oscilou de US$ 31 bilhões para US$ 30,50 bilhões, na segunda revisão consecutiva.

PREÇO MÉDIO DOS OVOS

No decorrer da semana passada (42ª semana do ano, 16 a 21 de outubro) a caixa (30dz) de ovos brancos sofreu três baixas nos preços praticados: abriu a semana com preço médio de R$72,00 e encerrou em R$68,00. Dessa forma, a melhora no preço médio semanal – em relação ao mesmo período do ano anterior – que vinha sendo positiva nas últimas quatro semanas, passou a ser negativa. Mesmo assim, no curto período das últimas 10 semanas o índice é positivo em 0,6%.

MILHO/TRIGO

Na avaliação da Consultoria Trigo & Farinhas, a queda na produção de milho “verão” em 2018 poderá impulsionar os preços do trigo. “Ainda está bem viva em nossa mente a alta ocorrida em 2016, quando a falta de milho puxou muito os preços do trigo, levando-o para médias de R$ 900/tonelada e chegando ao pico de R$ 970/tonelada”, comenta o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco. De acordo com ele, há quatro fatores que poderão afetar o mercado de milho no primeiro semestre de 2018.

CHUVAS

A falta de chuvas está atrasando o plantio de soja em Goiás. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) calcula que até o momento foram semeados em torno de 5% dos 3,350 milhões de hectares previstos para esta safra. No mesmo período do ano passado, 15% da soja goiana já havia sido plantada. As chuvas que caíram no final de setembro e nos primeiros dias de outubro até incentivaram o início do plantio no sudoeste goiano, a principal região produtora de soja no Estado. Mas com a estiagem das últimas semanas, o cenário agora é de preocupação.

AÇÚCAR

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que as exportações brasileiras de açúcar cheguem a um recorde de 29,6 milhões de toneladas, o que seria um novo máximo na série de registros. O relatório do órgão oficial norte-americano diz que isso acontece em função do déficit mundial de açúcar, apesar da queda de demanda chinesa de Abril a Setembro em relação a igual período do ano passado. A previsão de exportações do USDA se basa em uma estimativa total de produção brasileira de 645 milhões de toneladas de cana de açúcar em 2017/2018 com 48,3% da produção que se converteria de fato em açúcar. Os principais importadores de açúcar do Brasil são Bangladesh, Índia, Argélia, Egito e Emirados Árabes Unidos, com a principal demanda crescente de Bangladesh e Egito.
(Fontes: Agência Safras&Mercado, Avisite, Agrolink, Aprosoja Goiás)