Na primeira semana, equipe percorreu mais de 1.300 quilômetros mapeando propriedades, que juntas, possuem capacidade estática de 115 mil animais.
A equipe do Confina Brasil concluiu a primeira semana de expedição, visitando e mapeando confinamentos localizados no estado de São Paulo A comitiva avançará por importantes cidades de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Nos primeiros cinco dias, foram percorridos mais de 1.300 quilômetros visitando 16 propriedades, que juntas, somam a capacidade estática de 115 mil animais. De acordo com Marco Túlio Habib Silva, organizador da expedição e diretor de marketing da Scot Consultoria (idealizadora da iniciativa), a primeira semana foi surpreendente em vários aspectos.
Ainda segundo ele, três pontos são importantes destacar: o primeiro é a diversidade das propriedades. “Vimos confinamentos que trabalham com alta tecnologia e alguns que operam de forma mais simples. Também passamos por propriedades que tinham animais próprios e outros que trabalham com parceria, com vários tipos e modalidades, entre elas, boitel”, destacou.
Também chamou a atenção alguns confinamentos que passaram ou estão passando pelo processo de sucessão familiar, tema que ainda gera muita insegurança nas fazendas brasileiras, seja pela falta de informação ou pela falta de planejamento. “Vimos vários casos de sucessão familiar. Algumas propriedades consolidaram essa transição e hoje operam perfeitamente, outras já estão se planejando,” cita Silva.
O terceiro ponto que chamou a atenção da equipe foi a gestão nos confinamentos. Em muitos deles, as operações são coordenadas por jovens, abaixo dos 30 anos de idade. “Vimos profissionais na faixa de 25 anos que são responsáveis por confinamentos de mais de 10 mil cabeças. Isso comprova que as fazendas estão passando por um processo de renovação”, afirma o diretor de marketing da Scot Consultoria.
Porteiras abertas – A equipe do Confina Brasil foi muito bem recebida por todos os confinamentos que passou na última semana. Os produtores foram bastante participativos, apresentando a propriedade, respondendo à pesquisa, e abrindo os números das fazendas.
Isso mostra que o produtor está preocupado em entender mais do mercado de confinamento no Brasil, pois ao responder ao questionário aplicado pelos técnicos, sabem que estão contribuindo com o objetivo do Confina Brasil. Ou seja, ao término da expedição teremos números e dados fieis que irão retratar e fazer um raio-x do que realmente acontece na pecuária intensiva brasileira.
De acordo com Silva, com os dados coletados até o momento, é perceptível que os produtores estão otimistas, porém um pouco apreensivos com relação aos preços dos alimentos e da reposição. “Confinar esse ano será um desafio, pois temos um cenário positivo para o mercado do boi, e o pessoal está bem otimista. Alguns confinamentos estão operando até abaixo da capacidade total por conta da época, outros estão cheios porque operam o ano inteiro com até três giros e meio por ano. Os confinamentos vazios já estão se preparando e estocando alimentos para começar a confinar em breve”, revela.
Ainda segundo o diretor de marketing da Scot Consultoria, é muito cedo para falar em intenção de confinamento, pois é preciso esperar e entender o comportamento do mercado. Mas, um fato que chama a atenção é que se de um lado o produtor está um pouco receoso por conta do aumento dos custos de insumo e reposição, por outro, está mais confiante no preço do boi gordo. Se confirmada essa expectativa, este ano, provavelmente, teremos um número de cabeças confinadas acima do praticado no ano passado.
Muito mais pela frente – O Confina Brasil reiniciou a expedição segunda-feira, dia 16 de março. A equipe continua firme no estado de São Paulo, visitando e mapeando mais alguns confinamentos antes de partir para Mato Grosso do Sul. “Estamos muito ansiosos para ver o que vem pela frente. Escolhemos um grupo bem heterogêneo de propriedades de diferentes tamanhos, níveis variados de tecnologia, tipo de gestão, e tudo aquilo que propomos a medir. Nossa equipe está super entrosada, um ajudando o outro, e isso é fundamental para a qualidade do resultado”, finaliza Silva.
Apoiadores – O Confina Brasil conta com incentivo de importantes entidades representativas do setor. Apoiam a inciativa a Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), entidade que representa produtores de gado de corte e demais integrantes da cadeia produtiva da carne bovina. Além disso, o Confina conta com o apoio institucional do Hospital de Amor e Unesp/Jaboticabal.
A expedição também tem apoio e patrocínio da BB Seguros, Boehringer Ingelheim, John Deere, Nutron e UPL.
A Revista AG, Canal do Boi, DBO, Revista Feed&Food, Grupo Publique e Canal Terra Viva também estão como apoiadores de mídia do Confina Brasil.
Todas as informações da rota são atualizadas diariamente no Instagram @confinabrasil e no site do projeto www.confinabrasil.com