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Fiesp divulga Projeções para o Agronegócio Brasileiro até 2026

O levantamento “Outlook Fiesp 2026 – Projeções para o Agronegócio Brasileiro” apontou que o desempenho do agronegócio brasileiro no período de 2016 a 2026 será melhor do que a média mundial para produtos como soja, milho, açúcar e carnes (bovina, suína e frango), aumentando a participação do País no mercado global. O estudo foi elaborado pelo Departamento de Agronegócio (Deagro) da Fiesp, que reúne diagnósticos e projeções do setor para a próxima década, em termos de produção, produtividade, consumo doméstico e exportações. A entidade tem um conselho específico sobre agronegócio, o Cosag, do qual é membro o presidente do Grupo Publique Carlos Alberto da Silva.

Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, ressalta que “há muitos e grandes desafios de curto prazo, especialmente da situação econômica do País, que afetam diretamente o desempenho do agronegócio, mas também há muitas oportunidades”. Skaf lembra que atualmente, 60% das exportações do setor passam por algum tipo de industrialização. “Precisamos abrir novos mercados, como o asiático, para aumentar essa proporção. Se o governo fizer o que precisa ser feito em termos de política comercial, alcançaremos números ainda mais significativos.”

O cenário projetado para a carne bovina aponta para um crescimento anual das exportações de 4,5%, com sua fatia do mercado internacional se elevando para 18% na próxima década, marcando uma melhora em relação ao desempenho registrado entre 2005-2015 (0,3% e 15% para crescimento e fatia do mercado mundial, respectivamente). A projeção para os próximos dez anos para a carne suína também é favorável, com crescimento anual das exportações de 3,0% – contra retração de 1,2% ao ano na década anterior – e participação no mercado internacional de 10%. A carne de frango manterá sua expressiva fatia do mercado global, com 41% do total comercializado.

De acordo com o Outlook Fiesp 2026, a participação de mercado do Brasil nas exportações mundiais de soja, por exemplo, chegará a 49% em 2026. A projeção para o milho brasileiro, é de crescimento anual de 8,8%, com a participação nas exportações mundiais indo a 23% ao final do período projetado. No caso do açúcar, em dez anos será responsável por metade do que é comercializado internacionalmente, segundo as projeções da Fiesp, com taxa de crescimento de 2,2% ao ano.