A Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM) desenhou nesta quinta-feira, dia 13, na capital paulista, o cenário nacional e internacional de grãos e carnes, durante a reunião mensal da entidade. A venda de suplementos minerais caiu no primeiro trimestre, mas o panorama é positivo graças à queda nos custos de produção e melhores margens para o negócio pecuário. O encontro contou com a participação de profissionais e executivos de várias indústrias do segmento, além audiência pela transmissão na internet, ao vivo. E mostrou as palestras de Fernando Henrique Lopes, Analista de Mercado Sênior e Consultor da Safras & Mercado, que tratou das ‘Tendências e Perspectivas para o mercado de grãos (soja e milho) e a Pecuária. Camila Ferraz, Gerente de Marketing América do Sul da Phibro Saúde Animal Internacional LTDA, falou da segunda edição do ‘Desafio da Pecuária Responsável’, que no segundo ano já alcança 120 empresas promovendo as informações sobre como produzir com sustentabilidade total. Já o Sócio-Diretor da Agroicone, Rodrigo Lima, especialista em negociações internacionais comerciais e desenvolvimento sustentável na Agropecuária e em energias renováveis, alertou para os melhores caminhos a serem trilhados pelo país para combater os riscos climáticos.
Felippe Cauê Serigatti, professor e pesquisador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro), examinou a economia nacional e mundial, apontando que devem seguir as políticas de juros altos e combate à inflação nos países, tendo grãos e carnes ainda com os preços pressionados. E que, porém, a China vai voltar ao mercado como comprador, mas de forma comedida. Além de dar os números da comercialização de suplementos minerais no mês passado e no primeiro trimestre deste ano. “Em março, foram comercializadas 189,3 mil toneladas de suplementos minerais, queda de 10,5% sobre março de 2022. Uma realidade já aguardada por causa do embargo chinês às importações de carne bovina brasileira devido ao episódio do ‘Mal da Vaca Louca’ em um animal idoso do Pará. Olhando os números do trimestre inteiro, também houve diminuição nas vendas. Foram 503,2 mil toneladas, 8% de contração sobre o mesmo período do ano passado. Com 56 milhões de animais suplementados no total. Mas, nesta seara, o mercado agora deve se equilibrar novamente”, justificou o professor.
Esse otimismo também foi enfatizado pelo Presidente da Asbram, Juliano Sabella (FOTO AO ALTO), ao afirmar de todas as ações da Associação para levar mais benefícios ao setor e aos consumidores brasileiros. “Estamos trabalhando forte nesse sentido. Acompanhando de perto todas as discussões que envolvem a proposta de emenda constitucional da Reforma Tributária, para sabermos como lutar por mais benefícios ao setor. E também com o estudo que encomendamos para termos claros os impactos com o fim da alíquota do PIS – Cofins na cadeia de ração da Pecuária. Podemos ter boas notícias para toda a cadeia e, também importante, para a mesa do consumidor”, justificou Juliano Sabella. “Temos de olhar com otimismo para o resto do ano. Temos boas perspectivas. As safras de grãos, não vai faltar produtos, o pecuarista está razoavelmente capitalizado, os custos estão baixando. O ano pode, sim, ser bom”, cravou Elizabeth Chagas, Vice-Presidente Executiva da Asbram.