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Pecuária com investimentos em IATF

Bezerro e arroba valorizados estimulam pecuaristas a entrarem no mundo da IATF. Fazendas como a São Vicente, no Paraná, inseminam pela primeira vez nesta estação

Uma supervalorização em 2015. Foi assim com a arroba do boi gordo, com o bezerro e com os animais vendidos em leilões. A alta foi de até 40% ante o mesmo período do ano passado. O cenário tem atraído mais investimentos em inseminação artificial. Até mesmo de pecuaristas tradicionais, que até então só adotavam o monta natural na fazenda.

Lucas Yano, representante da ABS Pecplan na região noroeste do Paraná, onde o valor da arroba é um dos mais valorizados do país, comenta que cresceu o número de clientes que nunca haviam inseminado antes e também de quem já estava há muito tempo sem inseminar. “Com o mercado valorizado, muitas pessoas que nem conheciam a técnica de IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo) nos procuraram. O produtor está reconhecendo a importância da tecnologia para a produção de um animal de qualidade”, explica.

O médico veterinário Walter Sucupira trabalha há 24 anos com reprodução de bovinos e comenta que nos últimos dois anos o mercado “explodiu”. “Hoje o pecuarista não tem escolha. Ou se tecnifica ou sai do ramo. São indispensáveis investimentos em tecnologias para melhora da pastagem e potencialização da reprodução com IATF”, avalia o especialista.

Ainda de acordo com Sucupira, o sêmen de qualidade passou a ser um diferencial competitivo no mercado. “Hoje, para se destacar, primeiro, é preciso investir em tecnologia – no caso a IATF. E, depois, investir tecnologia da tecnologia – sêmen de qualidade. Eu faço uma comparação com os times de futebol. Hoje todos são bons. O jogo se ganha nos detalhes. Assim é no rebanho: precisamos de bons materiais genéticos”, detalha.

E é por isso que Walter Sucupira indica aos clientes o sêmen ABS. “É uma empresa que conta com touros diferenciados. E, além da qualidade dos produtos, atua com ética e responsabilidade”, justifica.

Estreia com a ABS. E foi com essa recomendação que este ano, pela primeira vez, a Fazenda São Vicente, localizada em Alto Paraíso (PR), resolveu estrear na técnica de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). Na propriedade, são mais de 1800 animais. E a expectativa é que nesta primeira safra “tecnológica”, serão 760 matrizes inseminadas. O trabalho já começou. Só com sêmen da ABS. “O médico veterinário (Walter Sucupira) que nos assiste nos indicou a empresa e estou muito satisfeito com a ABS”, garante Ricardo Fontes Beltran Menegazzo,

Ricardo é a terceira geração a comandar a criação de nelore. Para dar continuidade ao trabalho iniciado pelo avô, o jovem pecuarista resolveu apostar em tecnologia. “A intenção é ter um controle maior da reprodução, conseguirmos manter uma estação de monta certinha e, claro, ver um melhoramento genético mais rápido do rebanho”, justifica.

Atualmente, o foco da fazenda é venda de bezerros. A valorização do produto em 2015 motivou os investimentos em IATF. “Sem dúvida, o bom momento nos estimulou. Se o mercado não estivesse tão aquecido, adiaríamos”, afirma. Ainda de acordo com Menegazzo, a expectativa com a IATF é que daqui a três anos a fazenda comece a trabalhar com o ciclo completo: cria, recria e engorda. “Por isso, nossa expectativa é que, com a genética, ganhemos em desempenho e em rendimento de carcaça”, completa