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Safra brasileira 14/15 fecha com recorde

A safra brasileira de grãos 2014/2015 alcançou 209,5 milhões de toneladas, com mais um recorde sobre os números passados. O aumento é de 8,2%, ou 15,9 milhões de toneladas, sobre da produção de 2013/14, de 193,62 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta sexta-feira (11), o 12º e último levantamento da safra 2014/2015.
A soja e o milho safrinha foram os principais responsáveis pela safra recorde de grãos no período, afirmou o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Marcelo Melo. A soja apresentou incremento de 11,8%, chegando a 96,2 milhões de toneladas. O milho 2ª safra registrou 54,5 milhões de toneladas, avanço de 12,6% sobre o ciclo anterior.
“Mais uma vez, o agronegócio dá resposta positiva para a economia do país. Este é um setor que dá resultado”, disse Melo. Os ganhos de produtividade, com aplicação de novas tecnologias, colaboraram para o desempenho positivo.
O trigo está em início de colheita em alguns estados do Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná.  Apesar da redução de área de 10,4%, a expectativa é de aumento de produção, podendo chegar a sete milhões de toneladas, graças sobretudo à recuperação da produtividade no Rio Grande do Sul.Segundo o diretor da Conab, em 2014 a produção foi afetada pelo clima, principalmente no RS. Neste ano, no entanto, houve recuperação. “A produção no Rio Grande do Sul tem expectativa de excelente qualidade, se não houver impacto do El Niño.”
Plantio
As intenções de plantio para a próxima temporada são otimistas.  O diretor de Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, disse que os números do último levantamento da safra 2014/2015 dão animo para a atual safra. “O resultado implica nas decisões do agricultor e o ponto de partida está bom”.
Em relação à contratação do crédito rural, o diretor lembrou que houve ampliação de 4% em julho e agosto nos financiamentos de custeio e investimento. “A demanda por crédito rural tende a avançar nos próximos meses de setembro, outubro e novembro”, ressaltou.
O diretor disse ainda que o atraso na liberação de recursos para o pré-custeio neste ano não deve prejudicar a produção. “As contratações de crédito em julho compensaram, em parte, a deficiência de pré-custeio em maio e junho”, disse.  Ele analisou ainda que, do ponto de vista de impacto inflacionário, a produção recorde é um fator importante para a manutenção dos níveis de preço ao consumidor e que é “melhor administrar excesso de oferta do que falta de produtos”.
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Inez De Podestà
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