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Startup oferece plataforma de compra e venda para o agronegócio

Em tempos de recessão, o agronegócio está entre os poucos setores que crescem no Brasil. Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o avanço somou 4,28% nos primeiros dez meses de 2016.

WebGados foi criada para aproveitar esse cenário. Inicialmente, a ideia era criar uma plataforma de comercialização online de gado de corte e leite sem intermediários.

Marquinhos Molina, idealizador da empresa, tem apenas 21 anos, mas desde os 13 trabalha nas fazendas da família. A ferramenta surgiu da sua própria dificuldade em comprar gado no País.

Além do tempo gasto para visitar as propriedades e escolher o gado, era preciso lidar com muitos intermediários, que ofereciam pouca variedade de animais.

Sete meses após o lançamento, novos serviços foram incorporados. Hoje é possível vender e comprar equinos, ovinos, caprinos, caminhões, maquinários e propriedades agrícolas.

Em breve, a startup planeja acrescentar leilões a seu portfólio.

Modelo freemium

Criada com recursos próprios e investimentos da DSM, marca de suplementos nutricionais para gado, a empresa conta com 20 funcionários. São 17 mil clientes ativos entre aplicativo e site.

Para divulgar o serviço, a startup adotou uma estratégia freemium, com acesso a todas as funcionalidades sem custo para o comprador.

Após o cadastro, o produtor rural poderá comercializar seus produtos sem a interferência de intermediários. Se desejar dar maior destaque ao anúncio, pode optar por um dos planos disponíveis.

Os vendedores são classificados por notas dadas pelos compradores para o gado ofertado, permitindo um ranqueamento dos pecuaristas.

“Nossa plataforma funciona da mesma forma que os grandes e-commerce do mercado, como, por exemplo, a Amazon. Um vendedor bem qualificado tem mais facilidade e rapidez em fazer negócios do que um que não tem qualificação”, comenta Marquinhos.

A empresa espera atingir o ponto de equilíbrio em 24 meses. “Os desafios da WebGados são os mesmos de toda startup: uma empresa nova tem de provar a que veio”, explica Marquinhos.

* Matéria originalmente publicada no portal do InovaJor