A pecuária do Brasil teve um aumento de produtividade de 160% nas três últimas décadas e ainda tem espaço para evoluir muito nos próximos anos. A avaliação é do Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), Juliano Sabella, um dos executivos que vão participar da mesa de debates sobre a importância da cadeia produtiva de proteína animal para o agronegócio brasileiro, que vai integrar o programa da 7ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), que este ano traz como reflexão o tema ‘Coordenação das cadeias produtivas no agronegócio – A década decisiva’. O evento vai ser realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), nos dias 26 e 27 de outubro. “Em 1990, produzimos 1,6@ por hectare e hoje alcançamos 4,2@ na mesma área. É resultado do belo trabalho feito pelos produtores, que investiram em tecnologia. Genética, Manejo, Sanidade e Nutrição. Mas a principal mensagem que vamos levar ao evento é a oportunidade que o segmento tem, porque podemos continuar incrementando esse número”, reforça Juliano Sabella.
O debate sobre a proteína animal brasileira vai ser realizado na manhã do segundo dia do evento, dia 27, a partir das nove horas, com os painelistas buscando estabelecer missões e ações da cadeia como um todo para a defesa do setor, dando voz para os setores de leite, frango, ovos, suínos, pecuária de corte e pescados. Juliano Sabella vai estar acompanhado do Presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges; Presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro; e do Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. A mesa terá a moderação de Marina Zimmermann, Assessora Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Tratando de suplementação, o Brasil pode evoluir demais. O que é produzido de suplemento mineral no Brasil é suficiente para suplementar corretamente apenas a metade do rebanho. O que significa que ainda temos um espaço enorme para aumento da produtividade da nossa pecuária de corte”, acrescenta Sabella.
O objetivo é vencer grandes desafios, como custos de produção, guerra na Europa e valorização do dólar. “A ideia é termos uma convergência entre produtores rurais, a indústria e o varejo, para efetivação de planos conjuntos e comunicação direta com os consumidores finais”, justifica a Gerente de Desenvolvimento e Novos Negócios do Transamérica Expo Center, Renata Camargo, organizadora e promotora do evento. E a Asbram já trilha este caminho, promovendo várias ações de fomento, como a campanha de estímulo à mineralização, que predomina nas redes sociais e são multiplicadas também pelos associados da entidade, pela divulgação nas mídias e em eventos, como o próprio Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. “Estamos levando continuamente capacitação para as empresas afiliadas, que têm mais de dez mil pessoas em suas áreas técnicas e comerciais. O que resulta em um trabalho muito forte de extensão rural. E que beneficia, em estágio final, os consumidores brasileiros”, sintetiza o Presidente da Asbram.
Em sua apresentação o executivo vai mostrar os números de mercado, do rebanho, de produção de carne e leite, e evidenciar as diferenças de produtividade de quem investe em nutrição e de quem não investe. Com base nestas informações, fica mais fácil de calcular o potencial de crescimento e o tamanho da oportunidade existente no mercado pecuário brasileiro. “Tenho grandes e boas expectativas para essa edição do Congresso. Os participantes do evento fazem a diferença no agronegócio brasileiro e é uma grande honra poder participar e conhecer mais de um Brasil que dá certo e alimenta o mundo”, afirma Sabella. “A cadeia de proteína animal é parte fundamental da segurança alimentar do Brasil e geração de divisas e sustentação econômica do país. São bilhões de dólares gerados pela produção, exportação e comercialização. Empregando milhões de trabalhadores no campo, nos frigoríficos, no varejo, nos serviços e nas atividades correlatas, como laboratórios, universidades, centros de pesquisa, universidades, etc.”, esclarece Ricardo Santin, Presidente da ABPA.
É um cenário vigoroso e animador para 2023 e as próximas décadas. “A expectativa é a melhor possível. O Brasil já é o maior exportador de carne mundial. Isso porque produzimos com muita eficiência e sustentabilidade, o que garante produto de muita qualidade e a um preço competitivo. Temos o maior rebanho comercial do planeta e, ao lado dos nossos produtores, vamos continuar investindo em tecnologia, como suplementação nutricional. Assim, elevamos nossa produtividade e aumentaremos, ainda mais, nossa relevância no mercado mundial de carnes”, resume Juliano Sabella.