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YAMI: mudanças na educação e o papel no Agro!

A importância da educação no desenvolvimento do agronegócio brasileiro foi o tema central do primeiro dia YAMI – Youth Agribusiness Movement International, evento que teve início na tarde desta segunda-feira, 26/10. O Congresso, que está em sua segunda edição, é realizado, neste ano, em formato on-line e tem como um dos principais objetivos reunir a nova geração do agro para refletir quanto ao seu papel no desenvolvimento do setor, além de identificar novas oportunidades do mercado pós-pandemia. “Ao longo deste um ano, mesmo com os desafios impostos pela pandemia, acompanhamos o crescimento e a importância da presença desta nova geração no agronegócio. Para nós, é um orgulho ser o idealizador deste movimento que, em sua segunda edição, já colhe frutos e assiste o desenvolvimento de ações encabeçadas por jovens que estiveram conosco no YAMI 2019”, declarou o diretor do Transamerica Expo Center, Alexandre Marcilio.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, Marcello Brito destacou a importância do jovem no sucesso do agronegócio, principalmente neste novo momento do setor. “Esse grupo será o herdeiro de tudo que foi construído pela minha geração, com a vantagem de ter a internet como aliada para seguir em frente, buscando o desenvolvimento do setor. Esse encontro é um momento muito importante para formação, conhecimento e estruturação do novo agronegócio”. A mesa-redonda que marcou o primeiro dia do YAMI 2020 evidenciou a educação, reforçando sua importância na formação dos profissionais que estão iniciando a caminhada no setor para o crescimento e fortalecimento do agronegócio brasileiro.

O debate teve início com um vídeo do criador do conceito de agribusiness na Universidade de Harvard e escritor do livro Food Citizenship, Ray Goldberg, que deixou uma mensagem aos jovens participantes do evento. “Sua geração tem a chance de fazer algo inédito: certificar-se de que a cooperação de cada um dos tomadores de decisão do sistema de produção de alimentos seja uma resposta para as necessidades da sociedade, do meio ambiente e da economia, além de atestar a formação de educadores e daqueles que serão educados, para que entendam seu papel nesse sistema”, ressaltou Ray. O escritor destacou que antes da pandemia tinha iniciado um projeto de promover, uma vez por ano, o encontro presencial de pessoas de diferentes lugares do mundo para debater problemas e mostrar que, por meio da união e do diálogo, é possível solucioná-los.

Convidado de algumas dessas reuniões, o produtor rural e ex-secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Camargo Neto destacou a importância do diálogo e da evolução em conjunto. “Aprendemos um com o outro e esperamos que, ao apresentar nossos problemas, os outros compreendam nossas necessidades e nos auxiliem a superá-las”, afirmou.

A educação pós-pandemia
O modelo educacional, tendo em vista os impactos e desafios impostos pela pandemia, foi submetido a mudanças, não só no âmbito do uso de novas tecnologias e técnicas, mas também na forma de passar conhecimento. Segundo a diretora de relações internacionais da Audencia Business School, da França, Desi Schmitt, os questionamentos sobre como será a educação de amanhã são os mesmos em todos os países. “As mudanças geradas por este momento inédito que afetou o mundo fizeram com que os educadores passassem a pensar de outra maneira. Os alunos tiveram menos aulas teóricas e mais desafios para serem solucionados na prática”. Para a pesquisadora e palestrante da RCA Educação, Gislaine Baniski, o uso da tecnologia potencializa o aprendizado e cria uma nova dinâmica nas salas de aula. “A forma de agir do professor mudou e ele passa a ser o curador da informação. Ele deve colocar a informação e sair de cena, colocando os alunos no palco para que apliquem o conhecimento na prática”.

Os jovens do agronegócio
Também presente no debate, o coordenador do PENSA, Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho fez uma reflexão sobre os três grupos de jovens mais presentes no setor nacional: os empreendedores, sucessores e os engajados nos temas do agro. “Temos nesses três grupos a certeza da importância da capacitação do profissional do campo. É importante entender que a competência técnica não é suficiente; o jovem deve ter um conhecimento mais abrangente para compreender todas as etapas da cadeia e o seu papel nela”.

Neste contexto, a Master of Science e MBA em Food and Agribusiness Management Audencia Business School, Corinne Lamour reforçou o agronegócio como um campo de interesse dos jovens universitários. “O setor continua recrutando os novos talentos por todo o mundo, pois é visto como dinâmico e protagonista de inúmeras inovações focadas em achar soluções para alimentar a população, além de se mostrar cada vez mais consciente em relação aos problemas ambientais e sua importância na produção de alimentos”, reforçou.

O coordenador do Centro de Agronegócio da FGV-EESP (GV Agro) e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues destacou a segurança alimentar e a sustentabilidade como as maiores preocupações do mundo atual. “Os dois temas passam pela agricultura, pois é certo que precisamos produzir mais com menos impactos ao meio ambiente. Os jovens do campo e da cidade estão engajados nesta busca e serão os responsáveis por esse movimento. Para isso, a educação precisa estar preparada para repassar esse conceito as novas gerações”, finalizou.

O YAMI segue até sexta-feira, 29/10, com uma programação direcionada aos jovens do agronegócio. No segundo dia do evento, o tema central dos debates será a evolução digital.

Mais informações: http://yamimovement.com.br/.

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