O objetivo da entidade é comprometer ainda mais as indústrias de suplementação mineral com o Desenvolvimento Sustentável.
A Associação Brasileira da Indústria de Suplementos Minerais (ASBRAM), entidade que reúne 62% das empresas do setor, acaba de lançar uma Cartilha de Sustentabilidade, documento que reafirma o comprometimento da cadeia de nutrição mineral do Brasil com as boas práticas de produção, os cuidados ambientais e uma atuação dirigida à tecnologias que auxiliem na diminuição efetiva da emissão de gases de efeito estufa e o consequente estágio de Carbono Zero.
O documento orienta as premissas que norteiam o trabalho das empresas filiadas, de defender a indústria, promover o uso correto da Suplementação Mineral para a nutrição animal e estimular a pesquisa e a geração de alternativas para a produção de carne e leite com qualidade e eficiência. A cartilha foi formulada em duas diferentes gestões da Associação, iniciando com o ex-Presidente, Daniel Guidolin, e sendo finalizada na gestão do atual Presidente, Juliano Sabella Acedo. “Temos que evoluir ainda mais numa postura que já trazemos em nossa rotina, que é incentivar o uso de suplementos por todos os meios apropriados, demonstrando a importância da utilização correta e visando a melhoria dos níveis da produção agropecuária e a qualidade dos produtos, de forma ética e profissional”, explica Elizabeth Chagas, Vice-Presidente Executiva da ASBRAM.
A pecuária é um pilar importante para a segurança alimentar e os serviços ecossistêmicos em muitos países. As pastagens ocupam dois bilhões de hectares no mundo, sendo que cerca de 60% desta área não é cultivável. Logo, não seria possível estabelecer nenhum outro tipo de produção agropecuária nesta área, a não ser a criação de animais à pasto. A atividade é responsável por apenas 14% do total das emissões de gases, ficando atrás dos combustíveis de origem fóssil e transportes. E os aditivos promovem efeitos diretos sobre a saúde e produtividade animal, além de benefícios ambientais, como menos emissão de metano. No aspecto econômico, um terço da produção global de cereais é destinado para atender a demanda do setor de alimentação animal. As cadeias produtivas da pecuária constituem a terceira fonte de renda mais importante do mundo, depois da produção agrícola e do emprego não agrícola. O crescimento acelerado da pecuária converteu a América Latina no maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, o que representa aproximadamente 45% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola da região.
O avanço obtido na cadeia de proteína animal, nos últimos 20 anos, é algo inédito em termos mundiais. Grandes investimentos privados e públicos foram realizados para que os setores da nutrição, saúde, genética e equipamentos se aprimorassem, e permitissem que a vocação rural do Brasil se sobressaísse globalmente. Os elos da cadeia precisaram adaptar-se às novas realidades produtivas depois da pandemia do Covid-19. E as demandas e pressões da sociedade tendem a se intensificar cada vez mais. O setor de suplementos animais, em particular, vive um momento desafiador. Racionalizar os custos para poder fornecer produtos de qualidade, que dêem suporte a esta nova realidade, pautada na sustentabilidade.
“Rações, suplementos, premixes, coprodutos, núcleos, ingredientes e aditivos para alimentação animal são parte integrante e essencial para a produção de alimentos de origem animal sobre bases sustentáveis. Nossa maior missão, neste contexto, é garantir a segurança e inclusão alimentar no País e no Mundo, dando suporte aos nossos associados na integração do quesito ‘sustentabilidade’, em benefício de seus empreendimentos e do setor pecuário. Assim, a Asbram, comprometida com sua responsabilidade socioambiental corporativa, dá um novo passo para um amplo processo de debate sobre o tema. A Cartilha é um passo inicial para esse fim a ser instituído nesta gestão”, contextualiza Juliano Sabella, Presidente da Asbram.
Em 2015, os 193 Estados integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram a Agenda 2030 como norteadora das ações para o ‘Desenvolvimento Sustentável’ dos países membros. A Agenda sugere 17 metas universais, denominadas Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O objetivo é que eles sirvam como guia a governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil. O documento da Asbram ressalta os ODS como tarefas comuns a todos os empreendedores de atividades econômicas. Lutar contra a pobreza, a favor da Saúde, do Bem-Estar, da agricultura sustentável, água limpa, do saneamento, da igualdade de gênero, pela Educação, Inovação, Infraestrutura, trabalho decente, crescimento econômico, energia limpa e acessível, consumo e produção responsáveis, redução das desigualdades, paz e justiça.
Os sistemas de produção animal são fundamentais para que a sociedade alcance seus objetivos ambientais, sociais, econômicos e de saúde. São vitais para a segurança alimentar e saúde global, garantindo dietas nutritivas e equilibradas. Contribuem para a mitigação das mudanças climáticas. Podem produzir mais, utilizando menos recursos, com benefícios para todos. “O crescimento do setor contribui para a redução da pobreza. Capturar valor sobre a contribuição do setor agropecuário à Agenda 2030 é uma das frentes na qual a ASBRAM é porta voz”, reassegura Juliano Sabella..
A Asbram busca fortalecer a pecuária responsável dentro das realidades regionais do País, incentivando as empresas associadas a identificar e consolidar boas práticas em seus negócios, bem como no setor onde atuam. “Queremos fazer a diferença, investir em ações que gerem benefícios e valorizem nossos serviços e produtos. Conclamamos nossos afiliados e comprometer-se em tornar mais sustentável nosso setor e utilizar os resultados para evidenciar esse posicionamento estratégico. Mais do que tendência, investir em Sustentabilidade é investir no nosso próprio futuro”, ratifica Elizabeth Chagas.